Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

terça-feira, 18 de março de 2014

O Mágico (“L'illusionniste”, França, 2010)

Eu indico
L'illusionniste (França, 2010)

Animação que conta a história de um mágico-ilusionista dos anos 50, que luta para manter sua carreira, pois nessa época começam a despontar os shows de rock e o mágico acaba perdendo seu público para os roqueiros. Dirigido por Sylvain Chomet.

Animação francesa:
O diretor francês Sylvain Chomet é mais conhecido pela animação “As bicicletas de Belleville” (2011), indicada ao Oscar, mas existe também este maravilhoso filme, que também recebeu uma indicação de melhor animação e acabou vencendo o prêmio de melhor filme de animação do Cinema Europeu de 2010. Extremamente sensível, mostrando a história de um mágico em decadência, com pouquíssimas falas, mas muito significado nos sons e imagens que expressam as ações e frustrações dos personagens, trata-se de uma bela animação para adultos.
O protagonista se chama Tatischeff, um mágico ilusionista veterano que, embora desajeitado e calado, possui os talentos de sua profissão. É um mágico em decadência na Paris de 1959, diante do estouro do rock’n’roll que vai tomando mais espaço nos gostos da população, do que a sua velha mágica. Junto com uma garota que ele encontra num vilarejo escocês, parte rumo a Edimburgo.
O tema (artistas em decadência) não é original, mas quando retratado de forma tão sutil numa animação francesa, é como se tivéssemos vendo algo novo. A cena onde o mágico se separa do coelho que ele usada em seus truques (como o conhecido truque da cartola), é bem significativa e o cenário desenhado é caprichado. O animal gordo e briguento exita por um momento, pois assim como seu dono ele está indo para um mundo novo e sem promessas.
A parte técnica da animação merece também seu crédito, feita com traços manuais e sem perder a qualidade, retratando bem os lugares e, junto com a falta de diálogo e uma trilha sonora melancólica, acompanha a história com coerência.
O roteiro foi do cineasta Jacques Tati, que já havia falecido em 1982, quase 30 anos antes deste filme. Como uma referência e homenagem ao cineasta, existe uma cena onde o mágico entra no cinema e está sendo exibido um filme de Tati.

__________________________________
Fontes:

Nenhum comentário:

Postar um comentário