Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

sexta-feira, 4 de março de 2016

Uma Aventura na África (The African Queen, 1951)

Eu indico
The African Queen (Reino Unido / EUA, 1951)

Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial na África, o aventureiro Canadense Charlie Allnut (Humphrey Bogart), dono de um pequeno barco chamado Rainha Africana, é convencido pela inglesa Rose Sayer (Katharine Hepburn) a descer com seu barco o Rio Congo cheio de corredeiras e outros perigos. E o pior ainda, destruírem um navio Alemão situado em um ponto estratégico do antigo Congo Belga. Dirigido por John Huston.

A rainha africana:
Como costume, os condutores de barco dão nomes à sua embarcação. African Queen é um velho e precário barco a motor e seu dono, um simples homem sem muitas ambições na vida. Interpretado por Humphrey Bogart, ator que encarou vários personagens de filmes noir e papéis de gangster, mas que aqui mostrou a sua melhor interpretação, vencendo o Oscar de melhor ator. Curioso o seu admirável desempenho neste papel de um homem mais simplório, já que o ator se acostumou a papéis de homem mais intimidador, de valores questionáveis, dominador, traíra, amargo e cínico, como podemos conferir em Casablanca (1942), O Tesouro da África (Beat the Devil, 1953) e o noir À Beira do Abismo (The Big Sleep, 1946). Enfim, em um papel de um homem bom, amargurado, humilde e carismático, ele se revelou.
Seu personagem, apesar das características supracitadas, mostra uma maturidade resultante de uma boa experiência de vida. Inicialmente deprimido e solitário, recorrendo a bebida, acaba sendo transformado em um novo homem, graças ao poder da presença feminina representada por Katharine Hepburn. A mulher dignifica o homem. Através dela ele ganha coragem para enfrentar os perigos no meio de uma selva, no meio de uma guerra. Na verdade, ambos acabam beneficiados por esta convivência.
Essa parceria com Katharine Hepburn foi muito acertada. Acaba que, os três (homem, mulher e barco) vivem de fato uma bela aventura na África, focada na relação entre o casal, que entram em conflito inicialmente, pela diferença de classes e de pensamento, mas que vão acabar se conquistando e aprendendo alguns valores um com o outro, como coragem e companheirismo. Aproveitando a fórmula, o filme acaba sendo também uma história de amor, com seus momentos de comédia e aventura que, na direção de John Huston e interpretação de nossos protagonistas, não tem como ser ruim. Personagens que vão conquistando pela empatia, de forma única já que Bogart e Hepburn são ícones de glamour e grandeza do cinema que, aqui, são dois desajustados e aventureiros que vão passar por situações difíceis e até cômicas.
Rodado no antigo Congo Belga, hoje República Democrática do Congo, e no Lago Alberta em Uganda, os atores sofreram com as condições da natureza. Katharine Hepburn chegou e escrever um livro sobre os perigos, doenças e situações difíceis que a equipe como um todo enfrentou. Mesmo assim, valeu o resultado pela fotografia bela dessa paisagem natural da selva africana, fotografia de Jack Cardiff. O roteiro foi adaptado pelo próprio diretor John Huston, junto com James Agee (escritor americano), a partir do livro homônimo de C. S. Forester.

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Fontes:

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