Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Holy Motors (2012)

Eu indico
Holy Motors (França / Alemanha, 2012)

Oscar (Denis Lavant) transita solitário em vidas paralelas, atuando como chefe, assassino, mendigo, monstro, pai... Mergulha profundamente em cada um dos papéis e é transportado por Paris e arredores em uma luxuosa limusine, comandada pela loira Céline (Edith Scob). Ele é um homem em busca da beleza do movimento, da força motriz, das mulheres e dos fantasmas de sua vida. Dirigido por Leos Carax.

Paris e o cinema:
A beleza do movimento... palavra essa, “movimento”, que deu origem ao nome “cinema” (do grego: κίνημα - kinema "movimento"). Esse filme representa o que é o cinema, através de várias cenas, suas facetas, seus gêneros e estilos (suspense, musical, ficção científica, drama, ação, etc). Tudo começa quando alguém acorda e passa por uma porta secreta vendo-se num filme. Esse alguém é interpretado pelo próprio diretor Leos Carax. A partir daí, ao longo de um dia, um homem, que é um ator, o Sr. Oscar, vai passar por Paris, desde os subterrâneos, parques, cemitérios, até o alto dos edifícios. A cada parada, o Sr. Oscar interpreta um papel diferente: um monstro nos esgotos nos remete a uma história do tipo a bela e a fera; em outro momento, um casal se reencontra no alto da velha loja de departamentos La Samaritaine (momento musical com Kylie Minogue), com o par de torres da Notre Dame ao fundo. A cada cena, Holy Motors homenageia Paris e o cinema.
Denis Lavant é o Sr. Oscar, ele está numa interpretação impecável, muito expressivo quando precisa e podado quando necessário. É um grande ator interpretando um grande ator em vários papéis. Genial! Cada interpretação é tão boa que fica até difícil caracterizar a pessoa em si, o Sr. Oscar, já que no momento seguinte ele está fazendo outro papel. A úncia forma é aproveitar os momentos de transição, quando ele conversa com Céline dentro da limusine, que o transporta de um local para outro. Talvez ele seja um ator brilhante, porém cansado de seu trabalho e de interpretar. Neste ponto talvez seja melhor olharmos para nós mesmos: somos cada vez mais atores nas nossas vidas. Seguimos uma fórmula como se fossemos máquinas e perdemos a própria identidade. Que bom que os filmes existem e nos permitem viver muitas vidas, como naquela frase que esqueci onde li e quem escreveu: “você não precisa ter experimentado de tudo na vida, mas sim ter visto os filmes certos”.

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Fontes:

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